quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Tristão e Isolda - Hanna Closs

Ótima pedida pra quem gosta de romances turbulentos e amoras (sim, amoras!), Tristão e Isolda é uma lenda medieval celta, de origem desconhecida e passada de geração em geração a partir de meados do século XII.

Eu o conheci a alguns anos, no colégio, por um trecho num livro de português. Guardei em minhas memórias e a mais ou menos um mês me veio à tona e tive que lê-lo. Não me arrependi.

Sua carne é feita da terra de onde os soldados pisaram, lutaram e morreram. Órfão, Tristão cresce sob os cuidados de seu tio e torna-se um cavaleiro da távola redonda, um dos fiéis do Rei Arthur. Fere-se gravemente após vencer o gigante Marholt e sua única saída para sobreviver, é a rainha da Irlanda, grande e antiga inimiga de sua família, que carrega consigo poderes curativos. Ele se disfarça de músico, e na tentativa de se aproximar da rainha, torna-se professor de música de Isolda, a Loura. Começa então, uma série de eventos como fugas, lutas em meio a presente guerra, com direito a aventura, magia e mitologia, demasiado instigante!  Afirmo de antemão: reza a lenda sobre a origem das amoreiras e o motivo do sabor do caldo arroxeado das amoras, vistas ao longo da trama.

Bastaram-me três páginas, e eu já havia esquecido o mundo a minha volta. Me chamou atenção o fato herói, o mocinho, ser também culpado por sua trajetória árdua, me fazendo refletir o quanto somos vilões de nós mesmos.

Talvez pareça insano, mas enquanto eu lia, me via dentro de um grande jogo de RPG, com cavaleiros de armadura, armas, cavalos e monstros a combater, além de não ter como não imaginar a trajetória de Tristão com uma trilha sonora impecavelmente heroica.


Por ser tão envolvente, o guerreiro sonhador tem inspirado artistas de várias épocas, tendo várias versões para todos os tipos e faixas de idade do leitor, inclusive as versões  das autoras brasileiras Helena Gomes, e,  Loreana Valentini com o título “Tristão, cavaleiro de Arthur”. Já foi para as telas em alguns filmes, tendo o mais recente em 2006. É contemplado com frequência nos teatros, além de existirem rumores sobre “Romeu e Julieta” e “Lancelote” terem sido originados a partir do conceito de Tristão e Isolda.

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