segunda-feira, 2 de março de 2015

A autobiografia de Johnny Cash



Nascido em Kingsland, Arkansas, em 1932, John R. Cash, popularmente conhecido como Johnny Cash, foi o homem de preto. Morreu sempre lutando pelo "fraco e derrotado", como diz em "Man In Black". Viveu intensamente, cheio de excessos, mas sempre se preocupava por aqueles que o rodeavam.

Franco, impiedoso consigo mesmo, como numa tentativa de auto-julgamento final. Assim é "Cash - A autobiografia de Johnny Cash".

Reflexivo, John R. Cash conta sua infância e sofrimento que toda sua família passou, com o peso de 65 anos em seus ombros, e um olhar aguçado de quem há muito conhece a si próprio e todos que estiveram ao seu redor.

Às vezes cruel, Cash retrata também o início de sua vida na música, seu casamento conturbado com Vivian, como conheceu June Carter, além de, essencialmente, relatar sua vida diante das anfetaminas e seu uso pesado, no qual afetava sua vida por inteira, seja na família, seja em seus shows, seja com seus amigos. Mas Cash não vivia só de anfetaminas. A vida insana da lenda por vezes estava ligada ao uso de remédios em excesso e de álcool. Um verdadeiro drama que passou por mais de 20 anos, e que, provavelmente, sem a ajuda daqueles que o amavam, não teria resistido por tanto tempo.

Desde seu nascimento, Johnny sempre foi religioso, e nos momentos de maior dificuldade, via sinais divinos como forma de tentar resgatar sua vida ao lado de quem amava. A fé restaurava à ele a possibilidade de retomar o que perdeu, o tempo que perdeu, e as mágoas que deixou. Mais do que nunca, Cash mostrou que as lendas são mortais e humanas, como qualquer outra pessoa, e que não se pode perdurar vivendo sozinho.


sábado, 20 de setembro de 2014

10 Maneiras de Estimular o Hábito da Leitura nas Crianças

1. Leia para o seu filho desde bebê – e junto com ele depois!
2. Escolha os livros preferidos dele (e os que você mais gosta) ou procure ideias por temas. Pode ser uma seleção com contos de fadas, de dar medo, com animais...
3. Permita que a criança manuseie livros. Se forem pequenos, eles vão amar os livros-brinquedos.
4. Monte uma estante de livros no quarto do seu filho. É importante que eles estejam sempre ao alcance das crianças – isso vai aproximá-los.
5. Converse sobre os livros, mas não explique a história. É preciso que a criança tire suas conclusões, crie, imagine....
6. Invente suas próprias histórias. E permita que seu filho faça o mesmo. Uma dica: você pode começar uma e a criança continua.
7. A história que vocês inventaram também pode se transformar em um roteiro para teatro. Basta montar um palco improvisado, roupas diferentes e está pronto!
8. Leve seu filho para passear em livrarias e permita que escolha os próprios livros.
9. Em um fim de semana qualquer, chame seu filho para arrumar o acervo de livros em casa. E aproveite a arrumação para descobrir aqueles que não eram lidos há tempos.
10. Dê o exemplo, leia e mostre a ele o quanto isso é bacana!
Fonte: Revista Crescer

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Como Eu Era Antes de Você - Jojo Moyes

Impossível não se emocionar com esta história linda de um amor profundo, verdadeiro e sincero.


Will Traynor era um executivo de Londres, que estava correndo atrás de um táxi a caminho do trabalho numa manhã chuvosa quando sofreu um acidente... Após dois anos numa cadeira de rodas e seu diagnóstico: Tetraplegia devido a uma lesão na C5/C6 e a destruição da Medula Espinal, sua rotineira vida é entrelaçada com a de Lousia, uma jovem mulher presa na rotina de seu lar, numa cidadezinha sem muitos horizontes. Dentro de um prazo proposto pelo contrato de trabalho, Lousia tem uma missão em mãos, porém nem podia imaginar os laços fortes que acarretaria este contato com Traynor.

Uma história de amizade, amor, livre-arbítrio, escolhas e aceitação, em que impele o leitor a virar cada página uma seguida da outra até o momento ao quais as lágrimas formaram um véu de amor pela bela história.


Fica um pedido desta resenhista, permita-se viajar nesta história e encantem-se pelos personagens reais dentro da ficção... Não somente pelo amor que entrelaça cada personagem, mas pelas escolhas destes consigo mesmo e com cada laço da historia!

terça-feira, 15 de abril de 2014

As Meninas - Lygia Fagundes Telles

'As Meninas' de Lygia Fagundes Telles


  Fiquei afastada um tempo do blog e voltei como prometi com uma resenha fresca de um livro recém lido. Eu pretendia inicialmente escrever sobre os livros que li desde a infância, pelo menos os mais marcantes,mas este foi um que acabei de ler. Este é um livro que costumo indicar para os alunos a partir dos 15 anos. É uma história que talvez agrade mais aos adolescentes e claro as meninas. Aquelas que estão sempre cheias de sonhos, filosofias e questões sobre a vida. Acredito que seja uma grande maioria. E seria muito bom aguçar a curiosidade daqueles(as) que ainda não tomaram gosto pela leitura. Tente, você só terá a ganhar!


  As meninas, uma história que se passa nos anos 70, no Brasil. Conta o cotidiano de três amigas. Lia, Lorena e Ana Clara, três personalidades diferentes . O que as une é o momento,  a idade e tudo começa na faculdade. Moram num pensionato de freiras. No país, o momento histórico é a ditadura. As meninas são amigas inseparáveis  apesar de terem vidas muito diferentes, uma cuida da outra como uma família.  
  A narrativa usa de vocabulário simples, mas inova na maneira de revezar a fala, ou melhor o pensamento de cada personagem principal. Em cada capítulo a autora se coloca como uma delas e vai durante o livro vagarosamente se caracterizando, contando a história de cada uma, como se cada uma delas estivesse escrevendo o seu diário. Muitas vezes nos perdemos tentando descobrir de quem é a fala, o pensamento, que se mistura e interage uma com a outra. As três meninas possuem um cotidiano muito intenso não só de experiências, mas de sentimentos.
  Todas tem em comum a faculdade trancada para irem em busca de outros sonhos, de uma vida pessoal muito mais importante que qualquer estudo.
  Lia é a engajada política que luta com seus amigos contra a ditadura. Vive em manifestações e revoluções e planeja viajar para fora do Brasil participando da luta com o grupo revolucionário. Ela vem de uma família onde o pai é fugitivo de guerra alemão e casado com uma baiana. Daí vem seu gene de luta.
  Lorena é a garota que mais sonha do que vive, sai pouco do seu quarto, vive no seu mundinho, sonhando  com seu amado , um homem casado , com filhos que ela espera que vá buscá-la um dia largando a família. Ela vem de uma família rica, onde sua mãe se une a um homem aparentemente mais novo que se aproveita do seu estado financeiro. Lorena tem tudo do bom e do melhor e cuida de suas amigas acolhendo-as em seu quarto com banhos quentes e chazinhos e um bom cafuné. Tem lembranças tristes do seu passado com a morte de um irmão e possui outro no exterior. Mas no final é ela quem cuida da parte prática dos problemas delas todas.
  Finalmente, Ana é a mais complicada e sofredora de todas, mesmo sendo a mais bonita. Faz trabalhos de free-lance como modelo e também não estuda por ser viciada em drogas e bebidas. Vive as voltas com um namorado e com um homem que a ajuda financeiramente e com quem ela planeja se casar por interesse e não abandonar o amado. Foi muito molestada na infância , quando morou com sua mãe e padrastos.
  Um livro não tão simples de ler, mas no decorrer se habitua com a técnica da escrita que faz ir e voltar os acontecimentos, nos faz buscar a história de cada uma e nos faz aproximar do mundo delas todos cheios de sonhos, lutas , emoções. O livro emociona e nos faz apaixonar por elas. Nos faz querer saber e almejar que os sonhos delas se tornem realidade.
  O final não pode deixar de ser carregado de sentimentos bons e ruins. Surpreende!!!
  A autora Lygia Fagundes Telles, uma escritora paulista, advogada e formada em educação física, sempre foi engajada com a questão política e social do país, sendo contra o regime militar. Soube ao mesmo tempo descrever a realidade envolta a um aura de fantasias, sonhos do ser humano de sua época.
  Então, boa leitura!

sábado, 5 de abril de 2014

O Caçador de Pipas- Khaled Hosseini

         Tradução de Maria Helena Rouanet



             (...) “Por você, faria isso mil vezes.”

            Conflitos familiares, amor, guerra, culpa e preconceito. Listando assim, parece mais um folhetim de drama de novela, mas no romance O caçador de pipas, Khaled Hosseini narra de forma envolvente a historia de Amir e Hassan, uma relação de amizade que nos leva a refletir a respeito dos nossos medos e negações. O fato de você não ver, não significa que não aconteça.
            
 Um Best Seller que denuncia a guerra no Afeganistão oprimido e destruído pelo regime Talibã. Que também teve uma adaptação no cinema.              
   Amir e Hassan tinham um laço muito forte: mamaram do mesmo leite. Brincavam juntos na colina, descansavam na sombra da folhagem do pé de romã. Assistiam filmes e se divertiam com as historias dos sultões. Duas crianças que conviviam juntas, mas que eram separadas por preconceitos étnicos e que tiveram o destino de suas vidas mudadas por uma pipa.  
           


  Os anos se passam, os caminhos mudados, mas aparece uma chance para a redenção “há um jeito de ser bom de novo.”

   Uma leitura emocionante que nos cativa logo nas primeiras páginas. 

segunda-feira, 10 de março de 2014

Arquimedes e Suas Máquinas de Guerra - Luca Novelli

Arquimedes e Suas Máquinas de Guerra

  Uma obra narrada em primeira pessoa e repleta de desenhos cômicos, escrita e desenhada por Luca Novelli para apresentar aos jovens leitores a vida de Arquimedes, um dos mais importantes cientistas e matemáticos da antiguidade.
  O livro traz grandes descobertas e reflexões de Arquimedes, como as pesquisas na biblioteca de Alexandria, dos cálculos matemáticos e das terríveis máquinas de guerra que criou para enfrentar os romanos, construídas contra a sua vontade, como catapultas, lançadoras de dardos e até um conjunto de espelhos que ateariam fogo nas velas dos navios de Roma.

  Arquimedes de Siracusa (287 a.C. - 212 a.C.) foi um grande matemático, físico, filósofo, engenheiro, inventor, e astrônomo grego, mais conhecido por suas criações que são utilizadas até hoje como a alavanca, a hidrostática, o parafuso de Arquimedes e a infinitesimais. As suas leis e os seus teoremas ainda são fundamentais para a ciência atual. Sua genialidade inconfundível ficou conhecida pelo grito de “EURECA” e pela frase "Dê-me um ponto de apoio e eu levantarei o mundo".

  Eureca: significa encontrei, é usada atualmente como celebração de uma descoberta, um achado ou o fim de uma busca. Palavra conhecida devido a história um tanto cômica do princípio de Arquimedes. Enquanto Arquimedes tomava um banho relaxante em sua banheira notou que o nível da água da banheira subia quando ele entrava, e teve uma grande ideia, de que poderia utilizar desse principio para medir o volume da coroa do rei  Hierão II, e descobrir se a coroa era tolamente de ouro ou não, e então saiu correndo pelas ruas de Siracusa peladão gritando "Eureca".

  A coleção Gênios da Ciência de Luca Novelli contém dez volumes, cada livro conta a história de grandes pensadores e gênios que mudaram o mundo com seus pensamentos e invenções. Em uma linguagem simples e didática, contém várias ilustrações divertidas e curiosidades dos pensadores desde o nascimento até a morte. O intento é aproximar o leitor da ciência e apresentá-lo aos grandes nomes que mudaram a história da humanidade.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Édipo Rei - Sófocles

                                                                                Édipo Rei
                                                                                Sófocles, 427 a.C
                                                                                L&PM Editores

   Édipo Rei é uma peça de teatro grega, particularmente uma tragédia, escrita por Sófocles por volta de 427 a.C. que em prosa nos conta a história de Édipo que é determinada por uma profecia um tanto encabulada.

   Quando bebê, Édipo é deixado por um servo de seu pai no Monte Citerão com os pé amarrados para ali desfalecer e morrer, pois seus pais temiam o cumprimento da terrível profecia que fora lançada sobre eles. Profecia de que teriam um filho, e quando esse chegasse a idade adulta iria matar o próprio pai e desposar a mãe. Por piedade um pastor não deixa que Édipo morra, e leva-o para sua cidade, Corinto, onde é adotado pelo rei. Anos seguintes quando Édipo já é um homem, após consultar o oráculo de Delfos e tomar ciência da profecia, abandona Corinto afim de evitar tamanho desastre, e no decorrer de seu longo percurso chega a cidade de Tebas onde surpresas agradáveis e desagradáveis o aguardam.

   Édipo do grego, significa "pés inchados", é uma das poucas obras de Sófocles que sobreviveram ao longo dos séculos e que fora reconhecida e citada por grandes pensadores. Freud (1856 - 1939) utilizou o mito de Édipo e elevou a um dos pilares da psicanálise clássica, definindo o "Complexo de Édipo" onde a criança atinge o período sexual fálico na segunda infância e dá-se então conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar. Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), em sua obra "Poética", considerou Édipo Rei o mais perfeito exemplo de tragédia grega. Michel Foucault (1926 - 1984) fez uma análise das práticas judiciárias da Grécia antiga através da história de Édipo Rei em sua obra "A verdade e as formas jurídicas". Na Itália em 1967, o filme Édipo Rei é estreado, dirigido por Pier Paolo Pasolini, e protagonizado por Franco Citti. O filme foi baseado na obra de Sófocles, porém o nome do autor não é mencionado no filme. Apesar de antigo, vale a pena conferir, mas a leitura é indispensável.




E-book: Rei Édipo - Sófocles (496 a.C. - 406 a.C.)
Tradução: J. B. de Mello e Souza
Editora: ©eBooksBrasil

Versão para e-book por eBooksBrasil.org

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sábado, 4 de janeiro de 2014

As Vantagens de Ser Invisível – Stephen Chbosky



17 de dezembro de 2013

Querido amigo,

Estava observando a prateleira de livros, numa tarde quente e preguiçosa, quando me surpreendi com a lombada branca e verde desta história. Sentindo-me uma invasora e com o anseio em desvendar a vida de Charlie, cada carta sincera tornou-se uma folha de um diário ao qual deveria ser lido sem pudor ou mágoa, somente por curiosidade em entender o “mundo” que Charlie compartilha com o leitor. 

Numa narrativa jovem, o leitor se envolve com este mundo através do olhar de Charlie, que nos guia para as profundezas de uma vida juvenil com uma inocência real e infantilizada. O drama familiar, as paixões confusas, o sexo, as drogas se entrelaçam nas cartas e faz o leitor viajar com os conflitos naturais gerados e que a partir disso, o faça encarar a vida do centro da pista de dança com aquela música certa que nos torna INFINITOS! “A luta entre apatia e entusiasmo marca o fim da adolescência de Charlie nesta história divertida e ao mesmo tempo atordoante.” Assim, “por meio de Charlie, Stephen Chbosky criou uma história de amadurecimento profundamente emocionante.”

Ao final da última carta fui impelida a reler cada página porque quis sentir tudo o que Charlie compartilha, sem medo de me envolver com os personagens do livro... Uma leitura para todos os leitores que vivem os dramas com os personagens sem vergonha de se sentir parte da história ou chorar, rir junto com o protagonista.

PS: não deixem de assistir o filme ou se já assistiu leia o livro; esta é uma leitura obrigatória para os jovens de idade e coração.

Com amor,
Akemi

domingo, 17 de novembro de 2013

Namore Uma Garota Que Lê



Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.

Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.

Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criador pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.

Compre para ela outra xícara de café.
Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.
É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.

É que ela tem que arriscar, de alguma forma.
Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.

Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.

Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.

Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.
Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.

Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslan, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.

Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.

Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve.

Texto original: Date a girl who reads – Rosemary Urquico
Tradução e adaptação – Gabriela Ventura

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Clássicos da Literatura Brasileira Em Jogos Online

Sabe aqueles livros de literatura que os professores adoram pedir para que os alunos leiam?
Sempre li os resumos na internet... Talvez, hoje eu não faria uma coisa dessas. 
Mas já pensou se as histórias desses livros virassem jogos onlines ou HQs?
Imagina só, você lê a obra (ou não) e depois descobre que existe um jogo e até a história em quadrinhos.

Isso é real! No facebook além de muitas asneiras, existem coisas interessantes também (como a página Leituras Cativantes). Certo dia eu estava atoa, vendo o feed de notícias e então me deparei com uma novidade dessas, JOGOS ONLINE DE CLÁSSICOS DA LITERATURA BRASILEIRA publicada pelo Canal do Ensino. Tá certo! Vamos valorizar nossa literatura para conhecermos mais sobre a nossa própria cultura e até para se dar bem no vestibular.

Acesse o tal site -> Livro e Game
Curta a página no facebook -> Livro e Game


E agora, que tal uma jogatina interessante?

Dom Casmurro - Machado de Assis
Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
O Cortiço - Aluísio de Azevedo


  “Dom Casmurro”, de Machado de Assis; “Memórias de um Sargento de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida e “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo ganham versão online. A plataforma foi lançada oficialmente em 13 de agosto, às 18h, durante um bate-papo com o roteirista do projeto, Toni Brandão, na Bienal do Livro de São Paulo. Os games podem ser acessados gratuitamente no site dos Jogos Clássicos da Literatura.

  No portal, também está disponível o livro original digitalizado, informações sobre o autor e curiosidades sobre a publicação. Os games foram distribuídos gratuitamente para computadores dos telecentros Acessa São Paulo, que atendem principalmente escolas e bibliotecas. A iniciativa foi criada com apoio da Fundação Telefônica Vivo.

  A ideia do projeto surgiu da percepção de que a cultura digital pode contribuir para promover o acesso de jovens à literatura brasileira, renovando o interesse desse público. Os roteiros dos jogos são construídos a partir das tramas e conflitos dos personagens centrais dos romances, mas os desfechos quem define é o jogador, que é convidado para mergulhar, reconstruir, colaborar e transformar as histórias.

  Em “O Cortiço”, por exemplo, o usuário joga sob o ponto de vista de João Romão, o dono do Cortiço, que deseja aumentar seu patrimônio. A história se desenrola quando o jogador tem que decidir como se fosse Romão, ao optar pela construção de novos cômodos, pelos custos de aluguel e salários ou pela venda dos produtos. Ao mesmo tempo em que a trama do jogo envolve de forma lúdica, o texto original aparece no decorrer das fases, como um convite a ler a obra na íntegra.

Fonte: Portal Aprendiz