Ótima pedida pra quem gosta de romances turbulentos e amoras
(sim, amoras!), Tristão e Isolda é uma lenda medieval celta, de origem
desconhecida e passada de geração em geração a partir de meados do século XII.
Eu o conheci a alguns anos, no colégio, por um trecho num
livro de português. Guardei em minhas memórias e a mais ou menos um mês me veio
à tona e tive que lê-lo. Não me arrependi.
Sua carne é feita da terra de onde os soldados pisaram,
lutaram e morreram. Órfão, Tristão cresce sob os cuidados de seu tio e torna-se
um cavaleiro da távola redonda, um dos fiéis do Rei Arthur. Fere-se gravemente
após vencer o gigante Marholt e sua única saída para sobreviver, é a rainha da
Irlanda, grande e antiga inimiga de sua família, que carrega consigo poderes
curativos. Ele se disfarça de músico, e na tentativa de se aproximar da rainha,
torna-se professor de música de Isolda, a Loura. Começa então, uma série de
eventos como fugas, lutas em meio a presente guerra, com direito a aventura, magia
e mitologia, demasiado instigante! Afirmo de antemão: reza a lenda sobre a origem
das amoreiras e o motivo do sabor do caldo arroxeado das amoras, vistas ao
longo da trama.
Bastaram-me três páginas, e eu já havia esquecido o mundo a
minha volta. Me chamou atenção o fato herói, o mocinho, ser também culpado por
sua trajetória árdua, me fazendo refletir o quanto somos vilões de nós mesmos.
Talvez pareça insano, mas enquanto eu lia, me via dentro de
um grande jogo de RPG, com cavaleiros de armadura, armas, cavalos e monstros a
combater, além de não ter como não imaginar a trajetória de Tristão com uma
trilha sonora impecavelmente heroica.
Por ser tão envolvente, o guerreiro sonhador tem inspirado
artistas de várias épocas, tendo várias versões para todos os tipos e faixas de
idade do leitor, inclusive as versões das
autoras brasileiras Helena Gomes, e, Loreana Valentini com o título “Tristão,
cavaleiro de Arthur”. Já foi para as telas em alguns filmes, tendo o mais recente
em 2006. É contemplado com frequência nos teatros, além de existirem rumores
sobre “Romeu e Julieta” e “Lancelote” terem sido originados a partir do
conceito de Tristão e Isolda.
LINDO ! BRAVOS ! AMO HISTÓRIA ASSIM .
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